Herb Robertson lança jóia na Clean Feed

Andava há vários dias para escrever aqui uma nota sobre um dos melhores discos que encontrei este verão.

Chama-se Elaboration, é de Herb Robertson, excelente trompetista que temos tido oportunidade de encontrar por Portugal (Jazz ao Centro 05, Jazz em Agosto 05),
e conta com a prestação de um quinteto de luxo, apresentado como "NY Downtown Allstars": Tim Berne, Tom Rainey, Mark Dresser, Sylvie Courvoisier e Herb Robertson.

A edição é portuguesa e está a cargo da Clean Feed.

Hoje encontrei excelentes palavras para descrever o disco. Não são minhas, mas do amigo Eduardo Chagas, e estão publicadas no blog Jazz e Arredores :
"Se me é permitida uma sugestão, uma só, recomendo a audição duma obra que dá p'os peitos a um cavalo. Falo de Elaboration, o mais recente disco do trompetista Herb Robertson, com o NY Downtown AllStars (Tim Berne, Sylvie Courvoisier, Mark Dresser e Tom Rainey). Passar negligentemente ao lado deste disco pode constituir grave dano para o próprio, por omissão. Ouvi-lo é como receber uma graça. Merecida ou imerecida. Mas uma graça."


Também interessantes, achei as palavras de Robert Iannapollo publicadas na capa do CD. Como se de um jogo de futebol se tratasse, Iannapollo, intercalando comentários de Herb Robertson, descreve as melhores jogadas do tema único de 48:28 :
"... There’s a particularly effective moment where the first theme emerges. At four minutes, Tim Berne begins to play a figure repeatedly, recalling the type of thing John Tchicai used to do back in the late 60s when he would obsessively play a motive over again and again. “Tim’s great at introducing themes. And he’s great at sitting on things and tearing them apart and exploring them. I gave everybody the freedom to introduce themes whenever they felt like it.” Another high point occurs at 17 minutes, when an intense group section dies down and Sylvie Courvoisier begins an unaccompanied solo. Her solo sets up a chorale section which turns into a ballad featuring Robertson’s abstractly lyrical trumpet. The final portion of the piece finds Courvoisier delivering a full-throttle piano solo. “Yeah, that last part almost becomes a concerto for piano. ..."


Obra altamente recomendável!