Indie Lisboa: (O) Vazio no Porto

Curioso o fenómeno Indie, que em Lisboa esgota, com grande alarido na imprensa, e que no Porto tem uma afluência de apenas 10 pessoas por sessão.




Hoje 09 Maio 2005, no último dia de apresentação no Porto, no cinema Passos Manuel:
18H, 21.45H > 3.5€

MUNDO GRÚA

Argentina, 1999, 90’, 35mm, 1:1.66, Cor, P&B ,

O IndieLisboa é um local privilegiado para a descoberta de novos autores e tendências do cinema mundial.
O Festival dá especial atenção a obras e cinematografias com menor visibilidade no mercado de distribuição comercial português e integra uma competição de longas e curtas metragens de novos realizadores.

O Cinema Passos Manuel apresenta uma selecção das melhores fitas exibidas neste certame.

Rulo, um operador de gruas de 50 anos, carrega com dignidade o peso de uma vida com demasiados dissabores e alguns, fugazes, momentos de glória. Nos anos 1970 foi tocador de baixo numa famosa banda de rock mas, hoje, está divorciado e enfrenta a sua dura profissão de operador de gruas. A seu cargo tem Cláudio, o seu filho adolescente, e procura sustentar a sua vida e lutar contra a ameaça do desemprego. Quando um novo trabalhador chega e toma o seu lugar, Rulo é forçado a trocar Buenos Aires por um emprego precário em Comodoro Rivadavia, 2000 quilómetros a Sul da capital. Rulo acaba por ter que deixar o seu novo amor, Adriana - uma vendedora de sandes que costumava ser uma grande fã da sua banda -, e o seu filho, que espera seguir os passos do pai e formar a sua própria banda.

Não se pode falar no novo cinema argentino sem referir, à cabeça, o nome de Pablo Trapero. A explicação está em MUNDO GRÚA, uma primeira obra guerrilheira e independente feita, acima de tudo, com uma vontade férrea, e que, depois de participar em vários festivais e coleccionar um número impressionante de prémios, obteve ainda um sucesso comercial notável no seu país. Rodada entre 1997 e 1999, segue Rulo, uma personagem que já aparecia na sua curta-metragem “Negócios”, em busca de um trabalho. Note-se ainda que a mãe de Rulo é interpretada por Graciana Chironi (a avó de Trapero), e que inspirou, mais tarde, um outro filme seu: “Familia Rodante”.

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